sábado, 24 de dezembro de 2016

(spoiler) CHRISTINE, STEPHEN KING

Seguindo minha meta de ler todos os livros do Stephen King em ordem cronológica, segue resenha de Christine...

O livro conta a história de Arnie Cunningham e Dennis Guilder - amigos de infância- quando encontram um Plymouth Fury 1958 à venda no jardim de um veterano de guerra chamado Roland LeBay. O proprietário chama o carro de Christine. Imediatamente Arnie fica obcecado pelo carro, ele sente a necessidade de comprá-lo, pede dinheiro emprestado para o amigo para reservar o carro. Ele está caindo aos pedaços, Dennis tenta persuadir Arnie para que ele não compre esse "ferro-velho", porém Arnie se mostra inflexível e acaba adquirindo o Plymouth.


Arnie é "o zuado" na escola, tem o rosto coberto de espinhas, usa óculos de lentes grossas, enquanto que Dennis é um esportista, joga no time da escola e o protege. Eles trabalham juntos no verão pra juntar dinheiro para a faculdade... porém Arnie começa a gastar todo o dinheiro na reforma de Christine, aumentando a tensão com seus pais.


As brigas familiares vão se acumulando, o isolamento de Arnie para consertar o carro vai aumentando, ao mesmo tempo que sua aparência vai melhorando e ele consegue até arrumar uma namorada: Leigh.


Forma-se um triângulo amoroso entre Arnie, Dennis e Leigh... ou um "quadrado" amoroso... pois é necessário acrescentarmos Christine na equação. A impressão que temos é de que Christine é alguém que afasta Arnie do convívio de todos e o protege, sente ciúme. Alguns dos "perseguidores" de Arnie acabam mexendo com Christine e acabam sendo assassinados um a um...


Gosto do livro, apesar de não conhecer muito de carros e suas peças, como reformá-los, MAS... essa parte mecânica não é tão profunda também, conseguimos enxergar que é um carro bem velho e enferrujado/amassado e que depois fica novinho em folha em tempo recorde. A história é contada pelo Dennis, que acabou ficando afastado de toda a confusão por estar internado no hospital - o que praticamente salvou sua vida.


O que me deixou um pouco desanimada com relação ao livro foi a explicação para essa maldade de Christine. No filme a explicação é diferente. No livro a coisa é "mal contada". Dando pano pra quem sabe, Stephen King escrever outro livro sobre as origens dessa maldade e quem sabe também ligá-lo ao universo da Torre Negra... (Viajei, né?)


É um filme que tem ação, muitas referências musicais dos anos 50, o que é bem divertido porque faz com que viajemos pra essa década e imaginemos o contraste de Christine no espaço em que é colocada na história.


As cenas de morte são bem explicadas, as últimas sensações de quem está "indo" e tal... muito sangue, muito medo também, mas nada tão angustiante assim.



Link interessante sobre curiosidades livro x filme: https://pt.wikipedia.org/wiki/Christine_(filme)



segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

BOOKSHELFTOUR 2016/2017 (1/3)

Primeiro "bookshelftour" do canal, não obedeço a nenhuma ordem... vou colocando ali os que eu acho que se encaixam de forma que eu memorize!!! :D

segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

(spoiler - alguns) PRECISAMOS FALAR SOBRE KEVIN, Lionel Shriver

Kevin matou uns amigos na escola e quem conta o que aconteceu é a Eva, sua mãe. Sabemos tudo pela visão dela, são cartas para o pai, Franklin - que por algum motivo não está mais com ela. Aos poucos vamos descobrindo como era a vida deles e como tudo aconteceu, como ela juntou as peças DEPOIS do ocorrido.

Eva sempre foi uma mulher livre, tinha sua própria empresa de guia de viagens, ela mesma viajava para atualizá-los, a empresa era próspera e vemos como ela está vivendo com poucos recursos no momento. Ela não se mudou da cidade em que ocorreu o incidente então é hostilizada por muitas pessoas. Agora ela trabalha numa agência de viagens, um ano após o ocorrido ela ainda sofre com vândalos, como pintarem seu carro com tinta vermelha.

Sua relação com Kevin nunca foi "uma maravilha". Ele nunca demonstrava seus sentimentos e na frente do pai "representava". O que o pai sugeria ele fazia, como jogar bola e etc... e na sua frente ele nunca queria fazer nada e achava tudo sem graça.

Depois de um tempo percebemos que o Kevin "até que gosta" da mãe, esse pé no chão que ela tem faz com que ele goste. Enquanto o pai era sempre otimista, ela teve coragem até de dizer que preferia estar viajando do que estar lidando com uma criança tão antipática (quando ele tinha 6 anos, se não me engano).

O livro é parado, repito, tem uns flashbacks da vida dela antes do ocorrido, mas... serve pra gente ir entendendo tudo gradualmente, pra entender a relação complicada dessa família. Na verdade a relação de mãe e filho. E é importante conhecer mais sobre a Eva também, não só sobre o Kevin.

O final é surpreendente, ótimo... mas ainda não sei se vale a pena todo o percurso que ele faz até chegar lá!

sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

A terra inteira e o céu infinito, Ruth Ozeki

Oi gente! Estou pensando em mil formas de começar a falar desse livro. Primeiro quis falar da capa, que lembra aquele desenho famoso de onda (A grande onda de Kanagawa de Katsushika Hokusai), mas aí descobri que a capa original não tem nada a ver e que essa versão brasileira foi escolhida por leitores no facebook da editora; depois pensei então em falar na tradução do título, que no original é "a tale for the time being", mas aí não consegui saber se o "time being" se referia ao "ser-tempo" descrito no livro ou sobre algo temporário já que estamos em constante mudança e o livro também fala sobre isso; aí pensei em falar da autora - que tem grande influência budista, mas não queria ser superficial em falar de alguém que só li um livro. 

O jeito é seguir o padrão com minha sinopse mais que resumida: Ruth é uma escritora, de descendência japonesa, que mora numa ilha afastada no Canadá e um dia encontra uma lancheira da Hello Kitty na praia contendo um diário de uma adolescente japonesa de 16 anos chamada Naoko Yasutani.


Acompanhamos as duas personagens: o diário de Nao e a reação de Ruth ao ler cada trecho. O diário está em japonês, tem umas cartas em japonês e francês junto. Nao morava nos EUA, o pai perdeu o emprego e eles voltaram pobres para o Japão. O pai (ou Haruki nº2) entrou em depressão e tenta se matar (constantemente).


No início já achamos o livro bem reflexivo pois Nao nos conta que a bisavó dela é uma monja, está viva e tem 104 anos. No início é dela que ela quer falar, mas o assunto se desvia pra vida da própria adolescente.


O início parece só uma adolescente em conflito com o pai deprimido tentando se suicidar, sendo perseguida na escola por ser considerada uma estrangeira no próprio país, mas aí de repente estamos falando em segunda guerra mundial, budismo, tsunami e até na relação autor-leitor e real ou ficcional... 


Lá pela metade do livro ele começa a ter uns toques de fantasia e é isso o que deixa tudo mais interessante! Se o início parecia bem filosófico, do meio pro fim ele parece querer por em prática as teorias metafísicas! Confesso que estava ficando meio cansada do livro, mas a partir daí eu não pude parar de ler. Estava ficando meio enjoada dele, mas aí tudo fez sentido.


Até o diário da Nao fica mais sério. E eu quis chorar, fiquei com raiva, com medo, ansiosa... Não é um livro para os fracos. Não pense que é porque é japonês que vai ser tudo calmo... em alguns momentos quis parar um pouco de ler pra descansar de tanta crueldade. Mas o melhor foi ter continuado. Ainda estou sob seu efeito... impressionada.


Leiam. Só isso.


quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

BOOKHAUL Novembro 2016 pt2

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